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Como os dados geoespaciais estão a transformar a produção alimentar e a gestão do território

A geografia não serve apenas para sabermos onde estamos no mapa. Ela influencia diretamente a forma como vivemos e, mais concretamente, como produzimos os nossos alimentos.

Desde a década de 1960, a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) tem recorrido à informação geoespacial para monitorizar recursos essenciais como a terra e a água. O que começou com simples mapas em papel evoluiu, ao longo das décadas, para análises digitais sofisticadas, atualmente potenciadas por inteligência artificial.

Hoje, a informação geográfica desempenha um papel fundamental na forma como enfrentamos os desafios da segurança alimentar global. Ao integrar dados espaciais com ferramentas tecnológicas, é possível acompanhar em tempo real os sistemas agrícolas, antecipar escassez de recursos e planear intervenções mais eficazes.

Com base nesta informação, transformam-se grandes volumes de dados em decisões práticas, contribuindo para tornar os sistemas alimentares mais resilientes e sustentáveis.

Embora a agricultura seja uma área de aplicação central, a utilidade dos dados geoespaciais vai muito além da produção alimentar. Estes dados são fundamentais em diversos setores críticos para o desenvolvimento sustentável:

  • Alterações climáticas: permitem monitorizar o impacto das mudanças no clima e adaptar estratégias de mitigação e adaptação;

  • Gestão ambiental: ajudam a proteger ecossistemas e a gerir recursos naturais de forma equilibrada;

  • Planeamento territorial: apoiam o desenvolvimento urbano e rural com base em dados reais e atualizados;

  • Resposta a emergências: facilitam a preparação e atuação rápida em caso de desastres naturais;

  • Logística e mobilidade: otimizam rotas, infraestruturas e sistemas de transporte.

A capacidade de compreender onde algo acontece é essencial para decidir como agir. A informação geoespacial fornece esse contexto, transformando dados dispersos em conhecimento estratégico, seja para alimentar populações, preservar recursos ou tornar os territórios mais resilientes.